queria ser um menino loiro,
capoeirista dentro
de um filme
de lucky visconti, um tadzio
que gosta de samba de
raiz,
marcel proust e
relógios,
de uma beleza que eu
gostaria
de esfregar
pessoalmente
no chão dessa imundice
que nos cerca a todos
nós,
tão sedentos de alguma
visão.
como a desse jovem
maduro,
lacaniano durante os
dias úteis,
pequeno príncipe da
quebrada
na sexta-feira, mijando
na rua,
paulistano até o talo,
mas lindo!
você me oprime, me faz
perder
o controle que finjo
que tenho e
quero esfregar sua cara
no chão
como os hindus que
pisoteiam
suas divindades feitas
de bronze.
só não venha me dizer, meu
anjo,
que alguém no samba de
são paulo
seja maior que o adoniran
barbosa.
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