é bom que finalmente
seja muito bom estar
no radar das pessoas.
aprendo a amar assim:
fecho os olhos e ouço
o que me diz o contorno
de alguns rostos e pés
dentro dos olhos
fechados.
hoje começo a jornada
de abandono dos anos
trinta
na carcaça do meu ânimo
e depois será para
sempre:
mudar o som do destino.
quarenta, cinquenta,
sessenta, setenta,
oitenta,
quem sabe, não imagino,
mas talvez não mais
sinta
a vida como a queimada
do tempo que não mostra
ainda seus dentes
escuros,
a cara de marfim do
órfão,
então lembro que um
amigo
me viu com a cara na
parede
e me disse não se
preocupe,
você está apenas jovem
há mais tempo do que
antes.
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