é como se pusessem a máscara
sobre a outra,
quando o que se quer é
ver o sangue na cara.
é como se acordassem o
feto de um aborto,
quando é preferível
nascer da morte dada.
é como se na cruz morressem
de um arroto,
quando melhor entrar no
céu de carteirada.
é como se o prêmio
fosse um hino de osso,
quando rindo se canta a
fratura da palavra.
é como se a tortura
fosse o ápice do gosto,
quando melhor lamber a
pedra da pedrada.
é como fachada picareta
na flor do suborno
quando sobe a lama seca
de um rio alagado.
é como se bandeira
branca cobrisse o fosso
quando arrolam os
cinquenta mil cadáveres.
é como olhar a suástica
subir já sem fôlego,
quando no ar rarefeito rolasse
morro abaixo.
é como asfixia a glote
do medieval demônio
quanto enfim surge o
deus da água saudável.
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