contra todos os fogos, o
fogo
azul de nossas veias
falidas.
porque somos todos
museus
em chamas, crânios
antigos.
não antes a vergonha solitária
de escrever em vez de
chorar.
a cidade ainda é mais
bonita
do que as nossas
entranhas.
não existe estado, tudo
é um
espelho do que levamos
aqui
a cada lance de cabeça
triste
no egoísmo de tão serena
bílis.
aqui nossa boa falência,
fizemos
um fiasco de uma
invenção ideal
para uma espécie melhor
que nós.
mais triste que a
história em chamas
é a incapacidade que
vamos adquirindo
de rezar virtualmente
uma velhacaria
enquanto juntos nos
comemos vivos.
Um comentário:
Triste...
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