tenho letra da criança
que não posso mais e
se nascida em nórdico
relembrar de chicote,
seria a mais bela índia:
gola rolê, fundo branco.
não posso mais existir,
escrevo então o poema
que haverá impossível
em si, mas limpa a gana
da goma e não de mais,
porque caguei na calça
e com tesão amei o erro.
não te vejo no que posso,
não te vejo no que basta
a nossa ideia do alcance,
a tristeza da última foto.
quando éramos projeto
da metrópole cossaca.
conta porque hoje de pé
digo com olhos longos
que não podemos partir
o pão que comutamos
na falta do trigo essencial.
sinto que faltem os cílios
para tamanha inauguração.
falta tudo o que é preciso
agora que, objeto do sono,
engulo tudo como notícias.
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