às vezes sinto que sou
um polonês,
um polonês entre o espada
e a ditadura,
um polonês que se
esqueceu da música,
um polonês ainda assim,
baixo e robusto,
que sofre fora do mundo
como bom polonês,
viajante paralisado nas
alturas oceânicas,
às vezes sinto que sou
um polonês
cujos pais viraram
sabão e o sabão
tornou acético o que
era sujeira tão nossa
e as costas entortam no
escambo do ouro
e as facas dão forma a superfícies
macias.
às vezes sinto que sou
um polonês,
uma corda puxada por
duas forças imensas,
pequenino diante do
curso dos enganos,
gigantesco no que
explode para dentro
a nota segura da
última barcarola.
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