23.5.13

“porto alegre, preciso ir”


embrulha-me, outra vez,
no teu estômago cativo
e vomita-me no ordinário
de teus pés enregelados.

não desfraldei a tua bandeira
em nenhum navio de escravos.

não sei a carne da tua língua,
mastigo o vácuo do abandono
que, hoje, sozinho, retorno a ti.

teu frio já não me parte as veias.
me deste uma escola de pelúcia
a que retribuo com lição de pedra.

Um comentário:

Anônimo disse...

Marona em seu estado bruto. Lindo. Duro. Um beijo. Mary