saber
que certos olhos
espantam
nossas amídalas,
e
quando me dizem: estás rouco,
sei
o quanto olhos já me espantaram
para
chegar a este ponto.
a
magia das coisas demora
a
nos tocar e, quando toca,
notamos,
mas já é outra coisa.
ser
outra coisa é tudo
que
lembramos e com isso,
na
lembrança do que deveria
ser
estado mas é passagem,
deslizamos
em pedras agudas
e
realizamos enfim a comunhão
com
as amídalas inflamadas,
o
coração rouco de imagens,
as
cordas do tempo na garganta
feito
A Grande Razão possuída.
uma
pena ser apenas um proletário
e,
mesmo sendo pouco mais bonito,
não
poder escrever como Cesariny.
Um comentário:
Sensacional!
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