12.11.09

"rúbia"

você me
olha sem
querer
nos olhos
e já não sei
se tenho
olhos para
ver nos olhos
o que não
vejo mais.

5 comentários:

peixe disse...

roubaram-te os olhos, então.

Anônimo disse...

Retire as vendas dos olhos, seja homem, você está demostrando que não aguenta ficar sem o amor dessa mulher.

Grande abraço, amigo

Uilma de Andarde disse...

"permanência

a primavera passa no olho dos insetos.
nenhum mar se repete.
nenhum dia
traz o mesmo som
de antes ou de depois.
o que amamos permanece
em nós,
na carne mais finda,
na luz invisível."

Severino Antônio

Ao ler este poema, lembrei de ti, poeta.

Uilma de Andrade disse...

"o sentido, o sagrado

o mar não cura a sede,
nem a luz anula
as cotas do vazio.
a terra e os céus
precisam de sentidos,
o que dorme
em concha ou onda
dentro do que existe
ou tende a existir,
até o despertar
pela palavra,
a que abismos,
com um certo amor
e uma certa música.

Severino Antônio

Uilma de Andrade disse...

ps.:
"a que atravessa abismos,
com um certo amor
e uma certa música."