existem narizes que codificam a existência.
e não são só narizes, são olhares ávidos
em direções opostas, e além do nariz,
há também o cabelo, que não é um cabelo,
mas a Mata Atlântica, e aqui está a vontade
reprimida de se lhe fazer num grande coque,
olhar a nuca que anuncia graves presságios
e tombar na cama, como se fosse apenas
mais um nariz, e a pérola por dentro da boca
explicaria a poeira cósmica que justificaria
toda flor entre dentes, qualquer ato de amor.
12.11.09
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2 comentários:
gostei do que li e voltarei.
voarei por aqui mais vezes.
um abraço do Paulinho
não, não posso ouvir falar em nariz. o meu é fálico, isso é uma tristeza para nós que gostaríamos de ter narizes perfeitinhos...
se bem que nem gostaríamos.
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