hoje eu sou William Zanzinger,
sozinho, ultrapasso os pórticos
de Dante e sigo com passo reto;
matei a menina com violência,
bêbado, tenho as costas quentes,
na rua alguns posam estupefatos
– não sabem muito bem o que é
estar por um triz, assim, a queda
diante dos olhos, o discernimento
há milhas do pensamento inútil
de puxar o porrete para mais perto,
perto demais do ato que me faz
ser hoje antigo algoz dos tempos,
carregador da cruz de todos nós,
assassino inviolável, perturbação
que melhor seria tentar o suicídio,
mas alguns homens não escolhem
perder ou ganhar, eles não sabem
mais receber nada, e eu sou agora
William Zanzinger ultrapassando
os pórticos e ele está hoje morto,
William Zanzinger, e sobre mim
nem ao menos fizeram uma canção.
3.1.09
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