somos todos sísifos sifilíticos
sem ter o que comer
atravancamos em bifurcações
sem ter o que comer
indo ao fim do dia sem critério
repetindo o processo da pedra
sem ter o que comer
criamos amor, criamos guerra
sem ter o que comer
gente de ouro, gente de merda
sem ter o que comer
com a brancura de anjo falso seguimos
o peito quer explodir, as costas vergam
sem ter o que comer
seguimos pálidos para o abatedouro.
26.8.08
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Um comentário:
oi leo,
muito bonito esse poema.
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