para leonardo fróes
olho para suas mãos,
acariciam o volante
de um carro japonês
que não existe mais.
elas nunca tremem,
lembram um pouco
a pele de uma árvore.
tenho as angústias
da vida paralisante,
da impossibilidade
de ser um escritor.
você tem angústia
porque as pessoas
não procuram nada
nos olhos furtivos
que passam na rua.
olhando nos meus
você me diz o maior
poema do mundo
são olhos perplexos
que se enxergam
um dentro do outro
por um segundo
no cerne do terror.
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