ri de tudo a poesia
burguesa
e faz da ideologia essa
moeda.
de bolso cheio vem o
zé-cuzeta
dizer que idolatra o marighella.
cordeirinhos em pele de
raposa,
gritam e gostam de
fazer tumulto.
engajados porque fumam
maconha,
enriquecem pela porta
dos fundos.
mas a mim essa gente
não engana:
sem dentes, a fome não
dá risada.
confundem empatia com a
fama,
enchem a rede com boas
tiradas.
de riso em riso, seguem
cantando,
empobrecendo a causa
operária.
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