aqui é criança solta e
mãe de amor pesado,
na rua não faz noite
muito longe do farelo.
quase esquizo um
sujeito maleável cumpre
as ganas da intromissão
dessa voz tão rala.
as bodas do fascismo
oferecem repertório
ao diálogo com esperma
de um futuro frio.
mordo o que posso
sintonizo orelha de cão
no contrabando frágil
de um pulo hesitante.
revoluções truculentas
assistem ao passado,
seus dentes no rabo da
filosofia geriátrica.
na crosta do afeto uma
religião de feridas,
iscas de fluxo para uma
história da guerra.
lança que fere é também
madeira da casa,
marca mortífera na
origem dessa aventura.
destino de criança é
suor que dá com pelo
na fagulha suicida
virada em outra estação.
o coração é um
bumerangue de pedra dura
ao alcance de cada mão
de criança magra.
o coração é um tijolo na
carcaça do delírio
escorrido em mil cores
por entre as mãos.
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