e, tenho certeza, algo em mim
tem certeza de que ele nunca
mais vai terminar, este agosto,
que será sempre nosso agosto,
ficaremos dentro deste dia eu
e meus camaradas sonolentos,
abriremos os mesmos livros,
sussurraremos a flor canina,
povoaremos com gesto vago,
tão antigo quanto essa chuva,
este último dia que não acaba,
a força aceleradora que nunca,
jamais acabará e eu só queria
poder dizer me chamo marona
e fui espancado por ter escrito
poemas eróticos nos anos vinte.
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