para guilherme zarvos
agora sinto uma saudade
de escrever
como se fosse um
condenado à morte.
de que a escrita me volte
como corpo
para o prazer de um
maníaco sexual.
hoje rodopio com o intestino
solto;
a poesia assim jorra
com mais amor.
entre todas as pessoas
que já conheci,
só os surfistas nunca
me enganaram.
uma página de livro
russo, uma frase
me põe, como se diz,
com a macaca.
do princípio foram só duas
escolhas:
felicidade sem
liberdade ou liberdade
sem felicidade – mas para
escolher eu
precisaria saber o que
são essas coisas.
as coisas todas flutuam
e, de repente,
me achatam, quando me
sinto mágico
e me sinto a melhor
pessoa do mundo,
mas só os surfistas são
livres e felizes.
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