aposenta aqui tua pena
que te esqueceu
e mesmo as palavras que
usarás agora
não dizem nada e nunca
disseram muito.
resvala a língua no
cinza brutal da seca
com que te proteges de
um mundo ruim
por entre as chances
pálidas de um vulto.
sorri ereto a fórmula
que te abandona,
fecha os olhos e sente
tuas veias fracas.
agora amas e precisas
aprender a morrer.
talvez agora seja
preciso usar a força,
então faz a prece
íntima da tua dúvida,
corre até o abraço do
impossível degelo.
é tempo de sorrir aos
pálidos pela cor
que o futuro retirou de
ti antes mesmo
de poder asfixiar o
presente com táticas.
que gelada é a planície
do teu afeto, qual
cataclismo implodirá
tua face no vácuo
coletivo de todos os
planos do mundo?
o vermelho escolhe sempre
qual a cor
do sacrifício na escuridão
de uma vitória,
quando cada um goza
sozinho o que vem
depois bater à porta em
cobrança de paz.
quanto não te custou, surda,
a paz da tua
autocelebração doentia
agora que já vais
pelo ralo com todas as
tuas promessas?
na sombra dos dias felizes
de flagelo
inchava o monstro
vestido de solidão.
o vermelho do teu
martírio no adesivo
em busca de um porrete
ou um abraço.
aperta o teu melhor
sorriso e deseja isso,
que apertes até o fim
teu melhor sorriso,
na jaula temporária do
teu maior medo.
Um comentário:
Nossa, que show heim!!!
Adorei mesmo o seu blog, aqui realmente é muito top!!!
Meus parabéns, continuem assim vou continuar seguindo sempre!
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