para o lucas porto
preciso falar de você
porque é preciso
falar dos anjos.
existe essa música
que lembra o quanto
não somos mais jovens.
e tem essa música
– a tua música –
que lembra o quanto
seremos eternos.
você que é o filho
de todas as mães
de todas as esquinas.
você é o que alucina
o que caiu no caldeirão
da moldura humana.
magro como a história
tens a força heróica
para erguer o hálito da
espécie.
e o requinte insensato
de chorar certas
palavras
nas brechas da nossa
destruição.
porque é nas brechas
que se reza
e cada segundo em que te
ouço
firma a carne diante
dos dentes
do mal que cerca já sem
força.
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