é um pouco preocupante
que se esteja velho o
suficiente
para que o mundo não
seja
jamais liderado por
dragões
ventríloquos – só de imaginar
já me sinto um otário
pleno
e meus amigos que mais
amo
e que são dragões com
estirpe
também arregalam os
olhos
apesar de toda
habilidade
em pensar que já
estamos
juntos mas o quanto
mais
amo nessa esfera morreria
como amante inglês deslocado
que mente sobre malcolm
lowry.
todos sabemos do que
estamos
falando quando damos as
mãos.
isso é lindo o sorriso
que estanca
como tudo seja patético
levemos
seriamente nossa
violência ímpar
sem vergonha naquilo
que range.
como nossa amizade é
comprida
e que companhia pode
entrar aí
nesse buraco que dizes
é belo?
são as tias das antigas
sungas
quando eras gordo e
todo teu
excremento era teu
orgulho.
existe essa coisa muito
louca
que é nos amarmos sem
mérito.
és companhia e não
sabes mais
que diabos farás com os
lábios
para ser essa coisa
terna labial
e como empresa de
outras leis
pessoas como nós e que
dizem
cuidado com a rua você
pode
morrer assim estamos
juntos.
cheguei em casa os
gatos não
comem como se me amassem.
existe algo grave que
termina
terrível destino dos
meus pés
como alguém sério
anti-crime
e tal o susto da falta
de balões.
ao mesmo tempo alguém ruim
para ser amado ajudado
anulado
algo que seria vitória
para quem
não ama e mostra como
se vive
algo que um coitado
diga é belo.
somos os coitados e
adoramos
o amor que não se colhe
fino
mas se diz marotamente
ajudo.
colhe-se grosso no medo
temo
perder o estilo a fome
rude sim
da barriga cheia sem
entender
que não se leva nada
senão
o ódio de si mesmo ao
ponto
de amar-se como uma loucura
e pedirmos tolos a quem
se ama
que não envelheça fora
de nós.
os
coitados sem ação plena
que não voltem assim
sós
para casa é perigoso é
frio
mas o calor é a maior idéia
do mundo em pleno
inverno.
a estupidez o amor a
falha veja
é a coisa mais bonita e
temos
calos o suficiente para
dizer:
sacolas na mão não
reclame.
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