capturados entre exigências
contraditórias,
levados a construir
compromissos laboriosos,
sob regicídio e terror,
alguns “esclarecidos”
sofrem represálias, surdos
e melancólicos
adoradores de
furúnculos, legislados na arte,
empalados por certa
benevolência deicida,
abastados colecionadores
de convicções liberais.
ainda assim a impressão
de termos nascido
para outro mundo, sem
sono nem repouso
enquanto não tivermos
concluído o assunto,
sem chamar isso de
viver, a vida que levamos,
pessoas cujas marcas
nos quartos de pernoite
são marcas de cigarro nos
lençóis brancos
muito limpos onde perturbações dormitam.
enterrá-los e calar-se,
assim são as semanas,
absurdos se repetem dos
dois lados do front.
não sabíamos então
reconhecer as profecias,
então as máscaras diziam
a verdade recôndita
escondida na fachada
mentirosa da face nua.
carvões quebrados pelos
inimigos das Luzes,
consequência inelutável
de banhar-se nelas.
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