como é amplo o limite
entre os amantes,
não saber a hora
entregue a todo instante,
nas gavetas dos fantasmas,
abrir os olhos,
sem palavras,
pronunciar amor aos poros,
longe da certeza,
revelar o salto múltiplo.
tua presença é a
energia do meu espanto,
coreografia estelar do amparo
sem êxodo.
cartas enfileiradas na entranha
do refúgio,
os vultos eretos são
nada enquanto danças
telepaticamente no chão
gasto da saudade.
vais mas voltas e,
quando voltas, encontro
as paredes da memória
repletas de cânticos,
sagrada colisão de asas
na franja do tempo.
até que ressurjas com teu
compasso gitano,
todo instante sem ti é
aqui um som a menos.
2 comentários:
Encantada com este, morceguiño.
pronunciando amor aos poros, dividendos e interstícios. tudo seu.
tudo aberto à tua visita, ao teu pouso.
te amo.
Fazia tempo que não entrava aqui e to abobalhada com tanta poesia maravilhosa.
Orgulho de te, Leo.
Beijos de Mary
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