lançadas as armas à lama,
impedido de sua patente,
tropa em fuga linha
reta,
pedaços numa trincheira
aguardam o fuzilamento.
deus abandonou o drama
às manobras de combate,
lançado corpo em chamas
num lamaçal de segredos,
matilha os dentes de
fora.
forçar a rosa dos
ventos
no peito do combatente,
cruzar as sete mil
léguas
da morte entrincheirada,
cair com a língua na
lama.
pergunta-se do soldado
que espera a nova
guerra,
deixado fora dos planos,
no bolso falsas
medalhas,
na lama sono sem sonho.
não há mais armas à
vista,
nenhum anúncio de
trégua,
não se vive nas
trincheiras,
as armas lançadas à
lama
e toda esperança do
mundo.
Um comentário:
Não se vive nas trincheiras, meu amor.
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