já é manhã na madrugada dos
poros,
refletimos sobre a morte e
decolamos.
botos assassinos fazem piruetas
no ar
e as caixas de luz explodem nas
ruas.
estamos à beira de novas
ansiedades
por mais, por menos, por saber medir
o peso que a casca acresce ao
âmago.
sem ser estátua nas velas do
destino
ventamos ciscos nos olhos da
prova.
o boato das entranhas incita os
anos,
à margem da cor há botos
assassinos.
mas há também um esplendor
doente,
forte de estar incerto sobre a
margem,
que pacienta o fôlego, range os
dentes,
que brinda e calcula a altura da
espera.
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