no momento você deve resolver
seus dentes e voltar para mim.
as raízes quedaram-se para baixo
e penduram nossa infecção.
não vale a pena falar a pena não
vale falar uma pena não falar.
acordamos a manhã a dentadas e
vestimos a borracha da dor.
não há o que falar não fale o
que há o que há não fala falamos.
copio as folhas que se abrem
mortas num catavento carmesim.
as falhas nossas de cada dia nos
dai hoje mas não perdoe nada.
não se pode perdoar o que cobre
nossa intenção traumatizada.
das ruínas dos castelos erguemos
cartas com furiosas carrancas.
da felicidade apalavrada fizemos
um pacto para nossa espera.
nossos medos apavoram a síndrome
dos frágeis coelhos pardos.
há belezas vagarosas no
entremeio do teu molho para saladas.
e meu suco ralo de humanidade vindoura
é doce como a morte.
e mordiscas meu antebraço com a
promessa de um despejo feliz.
Um comentário:
Sobre essas belezas vagarosas...
http://desencaixotandorita.blogspot.com.br/2014/06/a-virada-do-ano-chines.html
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