22.9.13

“lohengrin – overture”



por entre os fios se abre uma estrada
que só aos cegos é permitido olhar.
aos que enxergam, as mãos atadas
recriam nos fios a paz obrigatória
de quem pingou amor pela estrada
e agora, seco de paz, morto de amor,
recolhe com os pés o vale do tempo.
um suspiro contínuo é só o que cabe
ao potro sem capim do esquecimento.

Nenhum comentário: