por entre os fios se
abre uma estrada
que só aos cegos é
permitido olhar.
aos que enxergam, as
mãos atadas
recriam nos fios a paz obrigatória
de quem pingou amor
pela estrada
e agora, seco de paz,
morto de amor,
recolhe com os pés o
vale do tempo.
um suspiro contínuo é só
o que cabe
ao potro sem capim do
esquecimento.
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