26.11.12

"aquário"


forço no
mundo
o que
não sei.
o mundo
pode
ser no
máximo
divertido
e no
mínimo
intolerável.

não querer,
não querer
tudo que
se quer.

e querer
demais
aquilo
em que
nem se
pensa.

deses-
pero
desse
pote,
desse
vidro
cheio
de nada.

feito para
servir de
um outro,
montei a
redoma
que me
asfixia.

arruinado
talvez pela
felicidade,
a coisa toda
ficará pior.

o íntimo é
demais ao
que serve
de espaço.

e não se
procura
em fotos
a malha
finíssima
do esque-
cimento.

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