14.11.12
Ariel (Sylvia Plath)
Stasis in darkness.
Then the substanceless blue
Pour of tor and distances.
God's lioness,
How one we grow,
Pivot of heels and knees! -- The furrow
Splits and passes, sister to
The brown arc
Of the neck I cannot catch,
Nigger-eye
Berries cast dark
Hooks ----
Black sweet blood mouthfuls,
Shadows.
Something else
Hauls me through air ----
Thighs, hair;
Flakes from my heels.
White
Godiva, I unpeel ----
Dead hands, dead stringencies.
And now I
Foam to wheat, a glitter of seas.
The child's cry
Melts in the wall.
And I
Am the arrow,
The dew that flies,
Suicidal, at one with the drive
Into the red
Eye, the cauldron of morning.
Ariel (trad. leo marona)
Estanca-se em trevas.
Então a cascata insubstancial
Azul de rocha e distâncias.
Leoa de Deus,
Num só crescemos,
Eixo de joelhos e patas! -- A fenda
Se racha e passa, irmã do
Bronzeado arco
Do pescoço que não pego,
Sementes
Olho-negro lançam escuros
Anzóis ----
Doces bocas cheias de sangue,
Sombras.
Outra coisa além
Me arrasta pelo vento ----
Coxas, cabelo;
Lascas de minhas patas.
Godiva,
Branca, eu descasco ----
Mãos mortas, mortas asperezas.
E agora eu
Espumo no trigo, brilho de mar.
O choro da cria
Derrete no muro.
E eu
Sou a flecha,
Orvalho que voa,
Suicida, de impulso harmônico
Adentro o olho
Vermelho, caldeirão da manhã.
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