não
temos sido amigos, nem ao menos amigáveis.
nos
despedimos regularmente, mas sem nobreza.
diria
até que nos despedimos com certa rispidez.
quando
faço por acaso bom uso da tua matéria
fico
eufórico, te deixo de lado, nem me despeço
e
me lanço vesgo à embriaguez e falo, falo muito.
isso
já vai mal, já vai muito mal e é impossível.
você
sabe que preciso de você e que só em você
posso
existir e só em você eu sou eu, só em você
garanto
um instante entre os deuses e se te odeio
é
porque você me assusta, você detém todo poder.
embriago-me,
portanto, quando sinto que te venço,
mas
é justamente quando te venço, e ao te expulsar
a
hora errada de saber que levará um longo tempo.
aceite
meu ódio e pavor como forma de respeito.
o
que se odeia é a que indubitavelmente se pertence
e
você é a minha granada silenciosa dentro de mim.
Um comentário:
CA-RA-LHOOOOO!!! Fiquei sufocada. Bjs.
Mary
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