mais um asco moderado,
um fermento leporino
para inchar de antagonismos
o dormir e o permanecer.
não
passa do estômago,
manter
por lá o quanto puder.de lá para a privada,
ainda que seja
uma privada divina.
enquanto injetarem-se
os olhos ainda vacilantes
andarás, não sentirás, mas
verás como te observam
meneando as cabeças nas ruas
e saberás: ainda sou veloz.
e
quando souberes: permaneces,
haverá
de acontecer algo,terás de fazer algo, pois que
permanecer é fazer algo,
e miseravelmente estarás pequeno
diante de um imenso portão;
e cairás de joelhos.
se tiveres fossa de escoamento
despejar, não sem elegância,
mesclar um novo sofrimento;
entenderás enfim que não precisas
mesclar nada: está tudo aí.
nas
dobras dos teus erros,
na
casa compartilhada,nos abusos do teu coração,
na força em aproximar,
no lençol de realejos;
está sobretudo nos restos
do êxodo que não partilhaste.
as
contas dificultam o trajeto.
sem
contar, morrerás logo.mas és de qualquer forma um vivo-
morto, pois nutres no estômago
mortes insuperáveis e deságuas
farpas como fossem marfim.
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