6.2.12

"epílogo para Julia"

porque penso teu nome
quando penso sarcasmo.
sou aceito por algo
que não sei como fazer.
as coisas choram através de mim
nos olhares esquivos das ruas
em chamas ou desmoronando.
a dança no meio da rua,
nossa dança particular,
nunca mais aconteceu.
que friagem é essa que se abate
sobre nossa disposição sublime?
a coisa mais linda e anti-filosófica
nós teremos que enterrá-la.
caem as últimas pétalas da nossa estação.
te espero por dentro das mornas cobertas
do esquecimento.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que lindo, Leo. E triste também. Bjs. Mary