“On no work of words” (Dylan Thomas)
On no work of words now for three lean months in the bloody
Belly of the rich year and the big purse of my body
I bitterly take to task my poverty and craft:
To take to give is all, return what is hungrily given
Puffing the pound of manna up through the dew to heaven,
The lovely gift of the gab bangs back on a blind shaft.
To lift to leave from the treasures of man is pleasing death
That will rake at last all currencies of the marked breath
And count the taken, forsaken mysteries in a bad dark.
To surrender now is to pay the expensive ogre twice.
Ancient woods of my blood, dash down to the nut of the seas
If I take to burn or return this world which is each man’s
work.
***
“Sem trabalho de palavra”
Sem trabalho de palavra agora há três meses magros no sangrento
Ventre do meu rico ano e da grande carteira do meu corpo,
Amargamente eu testo minha pobreza e meu ofício:
Tirar para dar é tudo, retorna o que é famintamente dado
Aspirando o peso celestial do chão molhado ao paraíso,
A doce tagarelice explode de volta contra o cego poço.
Erguer para partir dos tesouros do homem é chupar a morte
Que varrerá por fim as moedas da respiração sinalizada
E contará os tomados, renegados mistérios no escuro ruim.
Render-me agora seria pagar duas vezes o expansivo ogro.
Floresta ancestral do meu sangue, afunde-me no cerne dos mares
Se eu incendiar ou devolver este mundo que é o trabalho de cada
homem.