9.1.11

"o casamento"

gostaria de saber de vocês, homens e mulheres da minha vida,
como poderia se casar um poeta.
seria com ostentação que ele faria
a celebração silenciosa da dúvida?
creio que a pobreza e as poucas posses
impedem certas manifestações de medo.
filhos? não acredito que isso possa resolver algo.
viemos das chamas antigas, e borbulhamos demais para aceitar os mares calmos.
preste atenção ao poeta no canto da enorme sala,
falando aos quatro céus, embebedando-se com uísque.
é do desespero deste homem que se fazem as grandes festas.

3 comentários:

Camila de Moura disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Camila de Moura disse...

Porra, Maronovich, que beleza. To aqui justamente apaixonada por algo mais bravio e borbulhante, algo que me custará a vida, pensando que tal esse meu carácter, um hiper-realismo que se abre como uma flor à fantasia, já sem poder falar depois de muitas medidas, despierta desde hace mucho, escabiada, ressabiada, tantas decisoes direcoes investigacoes moncoes e excursoes a realizar nesse tempo vagabundo que construo, um silencio que eleva mas tensiona (running round my heart), um poema que tá vindo mas nao vem (sinal de gravidez), más allá de todo el rock, maravilha ler do teu. te amo leonid tamo junto

Anônimo disse...

lindo e romantico, gostaria de experimentar!