9.12.09

"the fool on the hill"

de repente tudo pára e me pergunto:

“o que eu deveria me perguntar?”

as coisas passam rápido para o corpo

mas a cabeça pesa no arraste lento

da hora que passa rápido pela pele,

e é estar sentado diante da chuva

para se pegar perguntando o que

afinal se deve perguntar quando há

essa contradição violenta, tão leve,

do corpo que supera o cérebro e se

desmancha leve dentro de um fundo

comum a ambos e eu, nem cérebro

nem corpo, espero a chuva passar

como se aquilo fosse uma grande

revelação quando é apenas tédio,

essa rica, antiga mania de separação.

Um comentário:

Anônimo disse...

de repente tudo pára e me pergunto:
“o que eu deveria me perguntar?”

Você já começou se perguntando!!
Belo texto. Parabéns!