de repente tudo pára e me pergunto:
“o que eu deveria me perguntar?”
as coisas passam rápido para o corpo
mas a cabeça pesa no arraste lento
da hora que passa rápido pela pele,
e é estar sentado diante da chuva
para se pegar perguntando o que
afinal se deve perguntar quando há
essa contradição violenta, tão leve,
do corpo que supera o cérebro e se
desmancha leve dentro de um fundo
comum a ambos e eu, nem cérebro
nem corpo, espero a chuva passar
como se aquilo fosse uma grande
revelação quando é apenas tédio,
essa rica, antiga mania de separação.
Um comentário:
de repente tudo pára e me pergunto:
“o que eu deveria me perguntar?”
Você já começou se perguntando!!
Belo texto. Parabéns!
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