27.10.09

“os viciados”

eles já não precisam mais de nós
nem mesmo no Harlem americano.
sedentos e pálidos caminhamos,
cheirando a caramelo, nós os que
se atiram cegos na primeira chance,
e se arriscam por trás de pilastras.
peço a gentileza de atravessarem
em silêncio, em reverência retirem
todos os seus chapéus e escarrem
no chão pela passagem meteórica
dos que suportam a terra nas costas.
não pensem que vieram de longe,
estão nos quartos, cheirando a mofo,
atraídos ainda pela prima vertigem.

Um comentário:

Anônimo disse...

do caralho esse poema, bem ginsberg.
me passa teu e-mail. entra no meu blog e deixa lá.
ou me manda um: jpwapler@gmail.com
tu tem que voltar pra porto alegre ou eu tem que ir pro rio.
abraços.