restaria talvez apenas se enroscar à fumaça do cigarro,
comprar um maço e fumar já que a dor não passa.
descrever o espasmo de uma sensação silenciosa
valeria muito mais que a paz talvez ressuscitada
com a qual seguimos, enroscados à fumaça do cigarro,
de mãos dadas, vendados diante do último tiro
de um primitivismo que agoniza já sem dentes
e lá fora há o som das entranhas do resto ativo
enquanto vejo o cigarro se apagar em vão na asa lenta
do crime predileto em meio à madrugada gelada.
sou Humphrey Bogart e tenho dúvidas preciosas
sobre gritos de marfim pregados na parede negra
das ilusões perdidas, enroscadas na fumaça do cigarro.
24.6.09
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