uma mulher já nasce morta,
bustiê lilás, todos a vêem,
mas ela não pode ver ninguém,
a si mesma talvez, ou nem
(misto de pó e defunto)
saber se é num minuto
que um vulto a torna presa,
a alma sempre ao pé da mesa,
dor infinita, sorriso-prótese,
certa porque bem calculada,
desconsolada se acaso rebola,
estátua forjada no prostíbulo,
obrigatório ciclo porque quase
(sem vontade) toda a glória
necessita tanto alcançar a vitória
que se torna incapaz de reconhecer
coisas pequenas e defeituosas,
que urgem às escondidas.
13.10.07
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