só para chegar cedo na tua velhice
e sentar tranqüilo – desesperado –
outro bêbado genioso na cadeira de balanço
alisando um gato exultante da própria beleza.
tão falha quanto a bravura dos covardes,
de que as coisas poderiam dar certo,
se estivessem de um lado e nós do outro.
a geração depois da geração seguinte,
o buraco negro na camada de ozônio,
a carga triste de um movimento abjeto.
porque se não sou o que pude ser,
pelo menos ficou uma certa brisa,
uma esquina que permanece aberta.
ficaram cigarros pela metade e foices.
e, por fim, a magia pálida de um grito,
de um abraço, de um soco no estômago,
de um vulto secreto no olho da noite.