para além das tripas,
das tosses, dos vultos,
dos cactos, do escuro.
para além das viroses,
do lucro, das posses.
das águas, do muro.
para além da morte,
do furto, da cova,
de agora, de antes.
para além do Rio Ganges,
da respiração contraída
do universo.
para além do que regressa,
e nos afaga fora do corpo
com tiros de recompensa.
para além do filho morto,
além das casas de meninas
e dos horrores noturnos.
além de todos os equívocos
e todos os amores públicos
do "eu posso" e do "eu sou".
um passo
que de tão perto vê tudo,
e nos dá trigo, cores, sons.
das promessas de algodão
e perto da celestial miragem
da gente feita de passagem
por vultos com olhos de deus.
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