sempre náufragos à procura
do nunca dantes navegado,
ficam os corpos a estibordo
e as alturas os convergem
em rotas de colisão e paz.
o amor é o insulto à saudade
no verniz pagão das preces,
no cós rasgado do estribilho,
na distância que separa dois
da entrega desmedida imposta.
é o silêncio de quem provoca
o silêncio naquele que precisa
dizer algo a quem não escuta.
e, acima de tudo, é a vontade
de jurar por tudo e depois ir.
16.3.07
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário