falam de amores perdidos,
filhos, maridos, pseudo-namorados
e de encontros inesperados impossíveis
para impressionar a concepção
que elas tem umas das outras.
normalmente quando estou desligado
(quando sempre estou desligado)
perguntam mais ou menos assim:
“e você, pensa o que sobre isso?”
então eu digo alguma coisa “radical”
alguma coisa pouco desenvolvida
uma frase, “gosto sim”, um murmúrio.
uma delas diz, e voltam a falar entre si.
de ser mais uma “mulher do meu trabalho”.
com o tempo percebo que o amor para elas
é uma moeda de troca no crack da bolsa
na recessão do mercado emocional.
como algo que se pode esperar que se pense.
elas vivem a vida como quem pede desculpas
por esperar que a vida simplesmente aconteça.
e por isso deveriam pedir desculpas, afinal?
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