- você quer amendoim?
(a conversa sobre algo mal-formulado sobre como convencer a frustração da existência de si própria a si próprio e ao mesmo tempo falar sobre arte com sobrancelhas e líquidos azuis).
(tomorrow is a long time, esta música, ou minha falha, é tua falta, falsa Juca).
- me disseram que você vendia maconha ali na sinuca do Boteco-taco.
- acho que ninguém conseguirá ver a chuva pesada como Dylan...
(fungindo do assunto ou o assunto fugindo?)
- você vende maconha afinal?
(dente cinza prateado para ser cor de prata, assim como eu sou prateado para ser prata da casa, se por prática estiver num círculo prateado de intenções convulsas).
- vim te conto, boldo ali do Manguinho...
- espera...
(...)
- tem vinte aqui... agora conta.
- leva e vê no banheiro.
- o tamanho?
- quanto tem.
(...)
- sei que tu precisa, mas eu não sou otário.
(como careca, mãos na cintura, pelas ancas).
- e aquela vagabunda?
22.12.06
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