Uma poça transparente
Embora aparente
Ser de água verdadeira
Se olhares com paciência
É apenas aparência
É de água passageira
Mas um poço bem fundo
Que atravessa o mundo
Com sua água bonita
Se olhar sem medo
Não esgota tão cedo
Tua reserva infinita
Uma chuva apressada
Embora encharcada
Pareça temerária
Se olhar daqui do chão
Verás com exatidão
Que é de água temporária
Mas uma chuva carregada
Que causa enxurrada
E não some com o vento
Se olhares confiante
Tua água abundante
Molhará por muito tempo
Com tua poça eu posso
Pois se piso ela se escassa
De tão raso sentimento
Paixão vazia que passa
Mas não podes com meu poço
Que bomba água colorida
Que te engole com amor
E te cospe em seguida
Pois a sede que procuro
É do tamanho de uma vida
Tua chuva molha nada
Nem preciso de abrigo
Dura pouco e se evapora
Não quer ficar comigo
Mas a minha molha muito
Rega plantas e tudo o mais
Pois minha água apaixonada
Sabe o bem que faz
Quando encontra a terra seca
E o solo satisfaz
o poema acima foi uma surpresa enviada por um cara legal chamado Eros Casabranca, que me disse o seguinte:
É um poema de uma pessoa grande, maior que quase tudo. Só não é maior que a paixão que a move.
20.11.06
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