23.10.06

“pós-cultural”

são tantas as possibilidades de arte
que inúteis ao tocar no assunto
tornam-se indiferentes ao vago
tratado com acuidade que assunta
o direito legítimo de isolamento
por fama, por cama, por gaze:
ressentimento que resseca frases com dúvidas
permutas adiantadas tanto quanto geriátricas
ou comadres de mijo debaixo de camas sorridentes
como se arte de vanguarda fosse um quadro sob análise de queixos
e escutar fosse um meio sem falhas de humanidade celofane.
ou como se uma frase contrária ao que se revela arte queixosa
fosse restar não tão simplesmente como algo
que vago nunca deu realmente certo
– apesar das paisagens moralistas –
quanto o medo do sentido absoluto
que tanto apego causa ao eclipse.

Um comentário:

Anônimo disse...

'de humanidade celofane'

puxa.