11.9.06

“uma hora não muito alheia para Rilke”

como a paz que não envergonha...
vulto cego de verdade inaudita,
se do teu fruto sem folhas
serves a mim com verdade infinita,
meus olhos duvidam da métrica
como as tuas lágrimas são dela,
mesmo quando a mão vacila.

aliás, outro dia
pensando em trevas,
li tuas cartas tão claras
para um novo poeta.

serviram para amar meu pai
pelos erros da falta de calma
e engrandecer a busca estética
sem vergonha da contagem regressa
expressa no que se fecham
as asas de um anjo tímido.

tu: anjo amigo.
simples assim...
amar perguntas em linha,
em quartos fechados ou livros escritos,
como se toda a tua vida fosse espera,
como se por toda a minha vida
nosso encontro fosse idioma sem letras,
ou fosse o roubo de um livro e meio
para reconhecer no teu ponto
meu próprio destino inteiro,
no entanto proibido,
como a paz que não envergonha...

Um comentário:

Anônimo disse...

Leo lindo, mais novo poeta da praça...

muito bom...

to com saudades, te espero em breve

muitos beijos