sim, vai cair, sim...
mas sem hesitar o passo.
a queda é inevitável
a quem não seja pássaro
e pense com asas.
sim, vai cair, sim...
mas não desespere o tempo.
molha a boca seca em vermes
com teu sangue amarelado
e não tema a diabetes,
tema sim o lamento.
sim, vai cair, sim...
mas não se apresse.
molha a boca dos teus sonhos
com o sangue coagulado
na doença das tuas fezes
– tuas frases.
sim, vai cair, sim....
mas caia sem medo.
molha tuas mãos sem dedos
com o sangue do teu tombo.
ria sempre para cima
– sempre! –
visando o analfabeto.
depois levanta e segue reto
pelas trilhas do teu segredo.
11.9.06
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