6.8.06

"Minha Desgraça" (Álvarez de Azevedo - 1831-1852)

Minha desgraça não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco...

Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro...

Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito blasfema,
É ter para escrever todo um poema
E não ter um vintém para uma vela.

2 comentários:

Anônimo disse...

PUTA MERDA!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

CARALHO!!!!!!!!