27.4.06

“jogo duro até o fim”

pelo amor estive
disposto
o amor me jogou
no chão
e lá estava eu de
novo
preso nas idéias
de areia
à procura de novas
teias
pessoas dispostas
a mim
atrás da loucura em
becos
mas teias escondem
aranhas
e quem apanha duas
vezes
na terceira já não
reclama.

consegui juntar meus
restos
levantei do meu porão
sem ajuda
sonhos escoriados sem
mesuras
estropiado o peito feito
bolor
coração de aleijão segui
mudo
pelo mundo de papelão
rotundo
sem jamais ser perdoado
por não ser.

não precisava de nenhum
perdão
um punhado de lealdade
se fosse
sem posse seria o amor
verdadeiro.

precisava esquecer-me
sozinho
para estar dentro de mim
comigo.

queria que isso fosse
mentira
assim poderia ser um
poeta.

hoje sou esquecido do
amor
mas como esquecer as
palavras?

Um comentário:

Anônimo disse...

Na terceira nao reclama...rs
Que pungencia!
Bom,que bom...que dor..que amor.

Ah l'amour ça vaux rien!

"Se me surgisse uma moça dessas,confesso que talvez não resistisse,mas isso seria só por uma vez,uma vez toda em toda minha vida ou talvez duas mas não mais que três."

E desculpa pela invasão do seu blog.