fiquei sabendo
que o Rasputin
tomava arsênico
no café da manhã
para fortalecer
sua tolerância.
eu de minha parte
camuflei Dionísio
debaixo do braço
porque não posso
mais me intoxicar.
sinto ganas súbitas
de me lançar feito
uma tocha humana,
pisar o buraco ruim
de nossas coalisões.
trago no meu peito
um ritual selvagem
de amizade e horror
pelas horas secretas
de uma paixão triste.
no interior do sonho,
diante da montanha,
só luz, tudo se deita,
o segredo adormece.
um exagero bonito
eu gostaria de ser.
explodir em cores,
devassar os corpos
com a sutil dúvida
de um dia perfeito.
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