penso em você e, aos pouquinhos,
me aproximo bailarino
do barranco.
tenho corrido, tenho comido
mamão,
tratado a cabeça,
meditado à tibetana,
com som artificial da
chuva e passos
que vão da lama ao solo
sagrado,
este mesmo que está na
cabeça
de quem será por fim
decapitado,
aquele que sorri e
corre e sente
lesionado o músculo
posterior da coxa.
masturbando-me
tristemente, às vezes
com tesão por descobrir
meu corpo,
já velho ter a
impressão repentina
de que ficarei
velhíssimo e bonito,
torço por isso, pela
beleza velha,
com todas as minhas
fichas aposto
no mais alto risco
sobre minha cabeça.
as férias no inferno
sempre acabam
quando estamos ficando
animados.
tento abandonar a
inteligência míope,
atraio cachorros na
rua, faço catarro.
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